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8 de março: Luta Internacional das Mulheres

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Viva à luta das Mulheres!

As mulheres lutam incansavelmente pela igualdade, em defesa da vida e de direitos. Muitas deram a vida e outras seguem morrendo para garantir direitos. Graças ao protagonismo das mulheres, o 8 de março é marcado na história como o Dia Internacional de Luta das Mulheres. Mesmo com conquistas significativas, ainda temos muito a avançar.

Vemos todos os dias, a vida das mulheres sendo ceifadas. Os jornais especulam com as nossas mortes, com os nossos sofrimentos, com a dor, a angustia e sangue das mulheres.

Temos muita clareza de que toda desigualdade de gênero é fruto do machismo estruturado no sistema capitalista e enraizado na sociedade como algo natural.  É muito preocupante o Brasil ocupar o quinto lugar mundial em Feminicídio. Como se não bastasse, segundo o mesmo relatório da Secretaria de Segurança, o Piauí é destacado pioneiro nesse hediondo crime contra a vida das mulheres. É sob essas bases que se ergue a desigualdade de gênero, com muita violência e muita maldade.

25 mulheres foram assassinadas no Piauí em 2018 e o número de casos de feminicídio em Teresina cresceu 50%. Em âmbito nacional, a situação é alarmante. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) manifestou, por meio de nota publicada no dia 4 de fevereiro, a preocupação quanto à elevada incidência de assassinatos de mulheres no Brasil no início deste ano. Essa comissão denuncia a morte de 126 mulheres em razão de gênero, além do registro de 67 tentativas de feminicídio, no início de 2019. 

A conjuntura brasileira não sinaliza mudar esse quadro. Antes, o atual presidente se autodenomina machista e prolata verdadeiros absurdos, fala de  naturalização de estupro e considera a mulher como parte de uma “fraquejada”. O super-ministro da justiça, Sérgio Moro, ressuscitara o perdão da   morte em defesa da honra, sob forte emoção e do efeito ”surpresa”. Isso fragiliza ainda mais a vida das mulheres. O que nos restar é lutar. Segurar as mãos e perseguir a resistência.

Precisamos urgentemente de políticas públicas voltadas à proteção das mulheres. Precisamos continuar pressionando o Estado, para que as garantis legais conquistadas, não se transformem em letras-mortas da lei. As delegacias e demais órgãos de proteção aos direitos das mulheres, duramente conquistados, não podem continuar desestruturados. Ou seja, para nós, mulheres, não basta conquistar direitos, é preciso ainda lutar e garantir a efetivação desses direitos.

No dia 08 está março de 2019, faremos um grande ato unificado em Teresina, a partir das 16h, na Praça da Liberdade, cujo mote: Mulheres Unidas Contra a Violência e Contra Contra a Reforma da Previdência, servirá também para denunciar o descaso do Estado, do Município e do País, pelos direitos e pela vida das mulheres.

Na Luta Mundial, as Mulheres estão construindo a Greve Internacional em defesa de direitos e pela vida das mulheres. A Frente Popular de Mulheres Contra o Feminicídio, da qual o Sintrajufe/PI faz parte e ajuda a construir,  convoca o Congresso Estadual de Mulheres Piauienses, no dia dia 06 de abril, na Biblioteca Municipal. As mulheres do Judiciário Federal são convidadas a se somar nessa luta, por direitos e pela  vida das mulheres.

Texto:Valentina Tereskova 

Revisão: Madalena Nunes

Foto: Reprodução/UOl