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CPI da Covid: Relatório final é aprovado e atribui nove crimes a Bolsonaro

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A CPI da Covid aprovou por 7  votos a 4 o relatório final do senador Renan Calheiros, sobre a maior tragédia sanitária da história do Brasil, potencializada pelo desgoverno do então presidente, Jair Bolsonaro. Com a aprovação do relatório, a comissão de inquérito, criada para investigar ações e omissões do governo durante a pandemia, encerra os seis meses de trabalho pedindo o indiciamento de 78 pessoas e duas empresas.

O relatório responsabiliza o presidente por considerar que ele cometeu pelo menos nove crimes. Há também pedidos de indiciamento de ministros, ex-ministros, três filhos do presidente, deputados federais, médicos, empresários e um governador – o do Amazona, Wilson Lima. Duas empresas que firmaram contrato com o Ministério da Saúde – a Precisa Medicamentos e a VTCLog – também foram responsabilizados.

 

Votaram a favor do relatório:

 

– Eduardo Braga (MDB-AM)

– Humberto Costa (PT-PE)

– Omar Aziz (PSD-AM)

– Otto Alencar (PSD-BA)

– Randolfe Rodrigues (Rede-AP)

– Renan Calheiros (MDB-AL)

– Tasso Jereissati (PSDB-CE)

 

Votaram contra o relatório:

– Eduardo Girão (Podemos-CE)

– Jorginho Mello (PL-SC)

– Luis Carlos Heinze (PP-RS)

– Marcos Rogério (DEM-RO)

 

A aprovação do relatório se deu após mais de sete horas de discussão, com dois intervalos, em meio a contestações da tropa governista minoritária na CPI. Senadores aliados ao Palácio do Planalto refutaram a tese de que Bolsonaro foi responsável pelo agravamento da pandemia no Brasil e apresentaram votos em separado nos quais pediram a investigação sobre a atuação de governadores e prefeitos. As propostas, porém, não foram sequer votadas, já que o parecer de Renan Calheiros foi aprovado antes.

Em um primeiro desdobramento da CPI, senadores planejam entregar o relatório ao procurador-geral da República, Augusto Aras, já nesta quarta-feira (27). Também está prevista nos próximos dias a entrega do documento ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e aos ministérios públicos do Rio e de São Paulo. O parecer será encaminhado ainda ao Tribunal Penal Internacional.