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Isolado, Bolsonaro hostiliza repórteres em Roma, e segurança agride jornalistas

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Em mais uma demonstração de despreparo e ataques a imprensa brasileira, Bolsonaro mostrou mais uma vez ser um grande desgoverno e além de colocar o Brasil como pária do mundo, envergonha cada vez mais os quem é filho desse país. Ao fim da cúpula do G20, encontro de líderes de diferentes países do mundo, o então presidente se preocupava em falar com bolsonaristas que o aguardavam na porta, do que seguir o protocolo de entrevistas coletivas que todos os líderes seguiam. Na ocasião, cercado de jornalistas, Bolsonaro repetiu o que faz desde o início de sua campanha, atacou jornalistas que estavam presentes no local, os seguranças que acompanhavam Bolsonaro seguiram o mesmo coro, e utilizaram de violência física e censura para calar a voz dos comunicadores.

Um dos jornalistas questiona o porque de o presidente não ter participado de alguns eventos do G20 com outros líderes, poucos segundos depois da pergunta, ele recebe um soco no estômago e é empurrado por um dos seguranças. Tudo filmado, a violência, o desrespeito e falta de tato de um presidente que está mais preocupado em atacar a imprensa do que em governar o país. Um outro repórter que também acompanhava a aglomeração causada pelo presidente gravava tudo, quando teve seu smartphone levado por um dos seguranças que atirou o celular do outro lado do rua. Após as agressões, o segurança foi embora e seguiu em direção ao presidente. Não é possível saber se Bolsonaro assistiu às agressões, nem identificar se os agressores eram policiais ou seguranças particulares.

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) divulgou nota em que diz que “repudia com veemência e indignação as agressões sofridas por jornalistas brasileiros na cobertura das atividades do presidente Jair Bolsonaro em Roma. A violência contra os jornalistas, na tentativa de impedir seu trabalho, é consequência direta da postura do próprio presidente, que estimula com atos e palavras a intolerância diante da atividade jornalística. É lamentável e inadmissível que o presidente e seus agentes de segurança se voltem contra o trabalho dos jornalistas, cuja missão é informar aos cidadãos. A agressão verbal e a truculência física não impedirão o jornalismo brasileiro de prosseguir no seu trabalho. A ANJ espera que os atos de violência cometidos contra os jornalistas sejam apurados e os culpados, punidos. A impunidade nesse e em outros episódios é sinal de escalada autoritária.”

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) disse, em nota, que “repudia mais esse ataque à imprensa envolvendo a maior autoridade do país. Ao não condenar atos violentos de seus seguranças e apoiadores a jornalistas que tão somente estão cumprindo seu dever de informar, o presidente da República incentiva mais ataques do gênero, em uma escalada perigosa e que pode se revelar fatal. Atacar o mensageiro é uma prática recorrente do governo Bolsonaro que, assim como qualquer outra administração, está sujeito ao escrutínio público. É dever da imprensa informar à sociedade atos do poder público, incluindo viagens do presidente no exercício do mandato. E a sociedade, por meio do art 5º da Constituição, inciso XIV, tem o direito do acesso à informação garantido.”