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Não são os salários dos servidores públicos concursados e contribuintes que quebram a Previdência

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Por Donato Barros Filho, diretor de Administração e Finanças do Sintrajufe/PI e servidor da Justiça Federal

Estudei muito para ser servidor público, por anos, enquanto via amigos indo à praia, viajando, namorando e tendo uma vida, e eu estava sentado numa cadeira, às vezes por 8h ou 10h diárias. Fui aprovado em concursos e não fui chamado, mesmo assim não desisti.

Me tiram todo mês 27,5% de IR e mais 11% de previdência sobre a minha remuneração total. E ainda tenho que ouvir sobre a minha vida fácil de marajá e que o estado está quebrado por causa dos servidores que sugam as tetas do governo. Ah já deu né?

Para aqueles que desconhecem os fatos: Minha contribuição previdenciária não é INSS. Pago 11% da integralidade dos meus vencimentos para, ao me aposentar, receber apenas 80% da média das contribuições (e não “aposentadoria integral”, como muita gente pensa). Já fiz muita hora extra sem nada receber. Não tenho Fundo de Garantia por Tempo de Serviço -FGTS! Se o Governo está em crise, a culpa não é minha.

Lembrando: sou Servidor Público Concursado há anos. Nenhum político me deu esta vaga, não existiu trapaça! Estudei muito para ser aprovado. Nunca roubei nada. Recebo por aquilo que trabalho, e muitas vezes, trabalho muito mais do que recebo. Trabalho pela melhor gestão dos recursos públicos, sempre com eficiência, ética e moral.Apesar de existir uma minoria privilegiada sim, como em qualquer área, é injusto ver campanha na mídia desmoralizando o servidor público.

Não são os salários dos servidores públicos concursados e contribuintes que quebram a Previdência, nem é o servidor público que quebra as finanças do serviço público. Salários congelados há muitos anos. Aliás, nós temos o Imposto de Renda deduzido na fonte!

A quebra da previdência e das finanças públicas é resultado de muita corrupção e de má administração/gestão dos recursos públicos, além de muitos “cargos de confiança” sem concurso, sem conhecimento da área e sem mérito, que servem apenas a interesses eleitoreiros e jamais ao interesse público!”