Mobilizações em Brasília contra a PEC 32 ajudam na mobilização contra a Reforma e segue até que ela seja arquivada
segunda-feira 22 novembro 2021 às 9:49
A nona semana de mobilizações em Brasília contra a Reforma Administrativa terminou com as declarações do presidente da Câmara, Arthur Lira, admitindo pela primeira vez que não enxerga condições favoráveis para pautar a proposta no Plenário ainda este ano.
Mesmo com a afirmação de Lira, a briga não está ganha, já que ele, o principal defensor da reforma no congresso não foi taxativo de que não levará a PEC-32 a voto. O discurso do presidente da Câmara até começa assim, porém termina mencionando que a proposta está pronta para ser apreciada no Plenário. “Nós temos quatro semanas pela frente. Temos matérias importantes ainda para votar. Na reforma Administrativa, nós cumprimos o que falamos, não mexemos em nenhum direito adquirido, não mexemos no sistema de aposentadoria. Com a pouca mobilização de quem quer a PEC e com o pálido apoio do governo, a gente não tem como trazer uma matéria dessa à pauta. Ela está pronta para o plenário a qualquer momento”, disse a jornalistas, na quinta-feira (18), após reunião com líderes partidários que tratou da pauta da semana seguinte.
Também não é recomendado esquecer que tal declaração, talvez não casualmente, ocorre uma semana após o presidente Jair Bolsonaro, em sua live semanal, e o ministro Paulo Guedes (Economia), em um evento organizado por banqueiros, voltarem a defender aprovar a ‘reforma’ em 2021. Manifestações também marcadas pelo reconhecimento explícito de que o governo barganha com empresários a troca de uma isenção fiscal de R$ 16 bilhões nas folhas de pagamento, em dois anos, por apoio à PEC-32 e à PEC dos Precatórios, batizada pelos trabalhadores de ‘PEC do Calote’.
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