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Sintrajufe Piauí integra comitiva que apresenta proposta de lei que proíbe homenagens aos touradores

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Nesta quarta-feira (20), o SINTRAJUFE PIAUÍ, por meio dos diretores de Política e Formação Sindical e Assuntos Jurídicos, Pedro Laurentino Reis Pereira e Maria Madalena Nunes, respectivamente, se reuniu com o Presidente da Câmara Municipal de Teresina, o vereador Jeová Alencar.

Durante a reunião foi apresentado um ofício em nome do Comitê Memória, Verdade e Justiça de Teresina, solicitando a reprodução na capital teresinense da lei estadual que proíbe homenagens aos torturadores e apoiadores da Ditadura Militar brasileira.

“A exemplo da lei estadual que foi aprovada na ALEPI, com iniciativa do Deputado Franzé Silva, que proíbe homenagens de ditadores e torturadores da ditadura militar, solicitamos uma lei desse tipo no âmbito do município. por exemplo, estamos a frente de uma avenida chamada Marechal Castelo  Branco, ou sejam, o comandante do golpe é  homenageado. Contraditoriamente, o patrono da Câmara de Teresina é Chagas Rodrigues, que foi cassado pelo Marechal. Isso é uma grande contradição”, explicou o Diretor de Política e Formação Sindical do SINTRAJUFE Paiuí, Pedro Laurentino.

Ainda segundo Pedro, a proposta é montar um grupo de trabalho e fazer o levantamento durante um ano e depois fazer a modificação dos nomes. “Essa mudança que estamos propondo é uma questão pedagógica. Se formos na Alemanha não veremos monumentos em homenagem ao Hitler e na Itália também não se vê homenagens a Mussolini, mas  infelizmente no Brasil e em Teresina nos vemos isso. Para as novas gerações terminam se influenciando com isso, nos temos tantos piauienses que podem ser homenageados, como exemplo, a primeira advogada do Piauí, a Esperança Garcia”. ressaltou Pedro Laurentino.

Para o Deputado Franzé Silva, as homenagens devem ser feitas a quem contribui pelo bem da população local. “Precisamos ter um país evoluído na sua democracia e a retirada dos nomes dessas pessoas de prédios públicos, rodovias e monumentos nos favorece. Outro aspecto  é prestigiar quem realmente lutou e trabalhou em prol das comunidades, pessoas simples que trabalharam a vida inteira pelo bem da população. Elas precisam e merecem ser homenageadas. A ideia da retirada de pessoas ligadas a repressão e criar um incentivo para que a gente possa colocar pessoas que a história, realmente, mereça cultuar”, disse.

Bastante solicito, o presidente da Câmara se comprometeu em colaborar com a solicitação e se destacou que irá dar seguimento juntamente com a sua equipe jurídica, assim como apontou que a iniciativa seria relevante para realizar o debate com a sociedade, por meio de Audiências públicas, a fim de que se possa aprovar a lei.

Também participaram da reunião o presidente da CUT Piauí, Paulo Bezerra; o presidente da UEE Piauí, Santiago Belizário e a diretora da Ames, Vivian Emanuelly.