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União economiza R$ 466 milhões com home office de servidores, mas governo quer aprovar reforma administrativa

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Foto: Hoana Gonçalves /Ministério da Economia

Um novo balanço divulgado pela União aponta uma redução de gastos públicos da ordem de R$ 466,4 milhões, no período entre abril e junho, com a modalidade de teletrabalho dos servidores públicos. Segundo o Ministério da Economia, entre as principais despesas economizadas estão os deslocamentos e os serviços de energia elétrica e comunicação. Os dados foram publicados no dia 03 de agosto.

A economia foi gerada em função de cinco itens de custeio: deslocamentos e viagens a serviço (diárias e passagens); energia elétrica; serviços de comunicação (Correios); água e esgoto, e, por último, na cópia e reprodução de documentos.

Entre abril e junho de 2019, a União gastou R$ 402.381.736,90 com deslocamentos e viagens a serviço. E durante o mesmo período em 2020, essas despesas representaram R$ 130.921.483,29. A redução desse custo foi de 67,5%. Também de abril e junho do ano passado, os gastos totais com energia elétrica foram de R$ 571.533.908,81, e, este ano, chegaram a R$ 443.578.644,53: um recuo de 22,4%.

Como podemos ver, mesmo economizando, o governo não cansa de querer argumentar que “prejuízos” nos cofres públicos por conta do funcionalismo. No entanto, o que não se mostra é o lado dos servidores, que tiveram que erguer estações de trabalho em casa e seguem utilizando da sua energia e recursos próprios sem receber nada por isso.

Além disso, os servidores seguem ameaçados pela reforma administrativa que pretende desmontar ainda mais com o serviço público. A reforma, que  ainda está sendo formatada para seguir para votação,  foi discutida em uma reunião realizada na última quinta-feira (12), entre o Presidente da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, respectivamente, com Bolsonaro e Guedes, e outros técnicos do Ministério da Economia. 

Dentre as maldades, a reforma Administrativa pretende: eliminar o RJU (Regime Jurídico Único); acabar com a estabilidade do servidor; extinguir a garantia de irredutibilidade salarial; permitir a redução de salário e de jornada; ampliar o estágio probatório; reduzir o salário de ingresso no serviço público; proibir as progressões e promoções automáticas; ampliar o tempo de permanência na carreira e criação carreirão transversal, cujos servidores serão contratados pela CLT e distribuídos para os órgãos governamentais.

Precisamos mais que nunca cerrar fileiras contra os retrocessos e barrar mais essa reforma neoliberal. O Sintrajufe Piauí conclama todos a se somar a essa luta!