
O ministro Paulo Guedes está nos Estados Unidos. Ele viajou alegando compromisso na sede do FMI e, com isso, não vai comparecer a depoimento na Câmara, para o qual foi convocado por 310 votos a 142.
Nos bastidores de Brasília se diz que Guedes está sendo fritado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, e pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, ambos do PP.
O Centrão quer trocar Guedes por um nome que se submeta às diretrizes políticas do grupo, com o objetivo de vencer as eleições de 2022.
Até agora, o presidente Jair Bolsonaro não interveio em defesa do “Posto Ipiranga”.
A oposição, por sua vez, continua cobrando a mídia por dar total cobertura a Guedes, que promove uma política de câmbio que favorece o agronegócio e exportadores em geral.
Por coincidência, a política também faz aumentar a fortuna do ministro depositada em refúgio fiscal, cujo valor conhecido é de U$ 9,5 milhões de dólares.
Ao mesmo tempo, provoca carestia, pois a exportação de alimentos e o preço dolarizado dos combustíveis favorece a alta da inflação.